O Cigarro - 3 perguntas para Emmanuel
A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? Até quando?
Emmanuel - O problema da dependência 
continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do 
corpo espiritual ceda lugar à normalidade do perispírito, o que, na 
maioria das vezes, tem a duração correspondente ao tempo em que o hábito
 perdurou na existência física do fumante. Quando a vontade do 
interessado não está suficientemente desenvolvida para arredar de si o 
costume inconveniente, o tratamento dele, no mundo espiritual, ainda 
exige cotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns, com ingredientes 
análogos aos dos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente 
diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer 
dependência do fumo.
Pesquisas médicas revelam que a dependência física dos 
fumantes costuma ser mais compulsiva que a dependência orgânica dos 
viciados em narcóticos. Isto é certo se o enfoque for do plano 
espiritual para o plano físico?
Emmanuel - Acreditamos que ambos os 
tipos de dependência se equiparam na feição compulsiva com que se 
apresenta, cabendo-nos uma observação: é que o fumo prejudica, de modo 
especial, apenas ao seu consumidor, enquanto os narcóticos de variada 
natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a perigosas 
alucinações que, por vezes, lhes situam a mente em graves delitos, 
comprometendo a vida comunitária.
Você teria alcançado condições de desempenho de seu 
mandato mediúnico, ao longo de décadas de trabalho incessante, se fosse 
um dependente da nicotina?
Chico Xavier - Creio que não, com 
referência ao tempo de trabalho, de vez que a ingestão de nicotina 
agravaria as doenças de que sou portador, mas não quanto a supostas 
qualidades espirituais para o mandato referido, de vez que considero o 
"hábito de cultivar pensamentos infelizes" uma condição pior que o uso 
ou o abuso da nicotina e, sinceramente, do "hábito de cultivar 
pensamentos infelizes" ainda não me livrei.
FONTE: Entrevista de Fernando Worm, do
 livro "Janela Para a Vida" (Federação Espírita do Rio Grande do Sul, 
1979) e publicada em PLANETA Especial Chico Xavier.
Chico Xavier disse referindo-se ao desejo de parar de fumar:
 "Este desejo tem que ser firme e valioso, pois na natureza nada se faz 
com violências e até os vícios tem que ser tratados com respeito e 
educação, para poderem ser mais facilmente debelados”.
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