domingo, maio 22, 2011

CONVERSANDO COM DIVALDO FRANCO

UMA NOVA CIÊNCIA

Uma nova ciência
"Está nascendo uma verdadeira ciência nova que vem sob o nome de ACV: Análise do Ciclo de Vida. Monitoram-se os impactos sobre a biosfera, sobre a sociedade e sobre a saúde em cada etapa do produto"

A busca de um bem viver mais generalizado e o cuidado para com a situação global da Terra está  aprofundando cada vez mais a nossa consciência ecológica. Agora impõe-se analisar o rastro de carbono, de toxinas, de químicas pesadas, presentes nos produtos industriais que usamos no nosso dia-a-dia. Desta preocupação está nascendo uma verdadeira ciência nova que vem sob o nome de ACV: Análise do Ciclo de Vida. Monitoram-se os impactos sobre a biosfera,  sobre a sociedade e sobre a saúde em cada etapa do produto, começando pela sua extração, sua produção, sua distribuição, seu consumo e seu descarte.

Demos um exemplo: na confecção de um vaso de vidro de um quilo entram, espantosamente, 659 ingredientes diferentes nas várias etapas até a sua  produção final. Quais deles nos são prejudiciais? A Analise do Ciclo de Vida visa a identificá-los. Ela se aplica também aos produtos ditos verdes ou ecologicamente limpos. A maioria é apenas verde no fim ou limpos só na sua utilização terminal, como é o caso do etanol. Sendo realistas, devemos admitir que toda produção industrial deixa sempre um rastro de toxinas, por mínimo que seja. Nada é totalmente verde ou limpo. Apenas relativamente ecoamigável. Isso nos foi detalhado por Daniel Goleman, com seu recente livro Inteligência ecológica (Campus 2009).

O ideal seria que em cada produto, junto com a referência de seus nutrientes, gorduras e vitaminas, deveria haver a indicação dos impactos negativos sobre a saúde, a sociedade e o ambiente. Isso vem sendo feito nos EUA por uma instituição, Good Guide, acessível pelo celular, que estabelece uma tríplice qualificação: verde, para produtos relativamente puros; amarelo se contém elementos prejudiciais mas não graves, e vermelho, desaconselhável por seu rastro ecológico  negativo. Agora, inverteram-se os papéis: não é mais o vendedor mas  o comprador que estabelece os critérios para a compra ou para o consumo de determinado produto.

O modo de produção está mudando e nosso cérebro não teve tempo suficiente ainda acompanhar essa transformação. Ele possui uma espécie de radar interno que nos avisa quando ameaças e perigos se avizinham. Os cheiros, as cores, os gostos e os sons nos advertem se os produtos  estão estragados ou se são saudáveis, se um animal nos ataca ou não.

Ocorre que o nosso cérebro não registra ainda mudanças ecológicas sutis, nem detecta partículas químicas disseminadas no ar e que nos podem envenenar. Introduzimos já 104 mil compostos químicos artificiais pela biotecnologia e pela nanotecnologia. Com o recurso da Análise do Ciclo de Vida, constatamos o quanto estas substâncias químicas sintéticas, por exemplo, fazem diminuir o numero de espermatozóides masculinos a ponto de gerar infertilidade em milhões de homens.

Não se pode continuar dizendo: as mudanças ecológicas só serão boas se não afetarem os custos e os rendimentos. Esta mentalidade é atrasada e alienada pois não se dá conta das mudanças havidas na consciência. O mantra das novas empresas é agora: "quanto mais sustentável, melhor; quanto mais saudável, melhor; quanto mais ecoamigável, melhor”.

A inteligência ecológica se acrescentará a outros tipos de inteligência, essa agora mais necessária do que nunca antes.

* Doutor em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique, nasceu em 1938. Foi um dos formuladores da “teologia da libertação”. Autor do livro Igreja: carisma e poder, de 1984, que sofreu um processo judicial no ex-Santo Oficio, em Roma, sob o cardeal Ratzinger. Participou da redação da Carta da Terra e é autor de mais de 80 livros nas várias áreas das ciências humanísticas.

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CONVERSANDO COM DIVALDO FRANCO

quinta-feira, maio 12, 2011

15 ALIMENTOS QUE AUXILIAM A SAÚDE DA MEMÓRIA

Glicose: "A glicose é o principal combustível para o funcionamento dos neurônios cerebrais", diz o nutrólogo Roberto Navarro. A hipoglicemia, que é a falta de glicose em nosso organismo, pode comprometer nosso raciocínio, atenção e concentração. Em casos extremos pode até levar ao coma. Ao escolher as melhores fontes de glicose fique com os cereais integrais, legumes e frutas.

Zinco: o zinco desempenha função regulatória no organismo. De acordo com a nutricionista do Hospital Sírio Libanês, Érika Suiter, ele atua na atividade neuronal, na memória e na concentração, além de possuir ação anti-inflamatória. "O zinco protege os neurônios contra os radicais livres e preserva as membranas dos neurônios, colaborando para a troca de informações entre eles", diz. Você pode encontrar zinco em carnes vermelhas, ovos, ostras, caranguejo, laticínios e fígado.

Selênio: estudos mostram que este mineral tem um forte impacto sobre o cérebro. Pessoas com baixos níveis de selênio podem sofrer distúrbios na atividade dos neurotransmissores - substâncias produzidas pelo neurônio que tem como função levar informações de uma célula a outra -, podendo até sofrer alterações de humor. "O selênio ajuda substâncias como a serotonina, a dopamina e a acetilcolina, que são fundamentais para a transmissão de mensagens entre os neurônios e o bom funcionamento cerebral", diz Érika. Boas fontes de selênios são grãos, alho, carne, frutos do mar, castanha-do-pará, nozes, avelãs e abacate.

Ferro: a principal função do ferro no nosso organismo é ajudar a carregar o oxigênio para os tecidos, inclusive para o cérebro. Érika conta que quando os níveis de ferro diminuem, o organismo fica com pouco oxigênio disponível, resultando em fadiga, perda de memória, concentração reduzida, apatia, perda de atenção e atenção reduzida no trabalho. As fontes de ferro podem ser separadas em animais e vegetais, sendo que as primeiras são melhores absorvidas pelo organismo. Dentre as fontes animais estão as carnes vermelhas, principalmente fígado de qualquer animal e outras vísceras, como rim e coração, carnes de aves, de peixes e mariscos crus. Entre os alimentos de origem vegetal, destacam-se as folhas na cor verde-escura, como o agrião, couve e cheiro-verde; as leguminosas, como feijões, fava, grão-de-bico, ervilha e lentilha; e grãos integrais ou enriquecidos.

Fósforo: o mineral tem um papel fundamental no funcionamento do cérebro, uma vez que atua na constituição da membrana celular. Érika afirma que o fósforo deve estar presente principalmente na alimentação dos estudantes, já que o nutriente ajuda a evitar a sobrecarga que o corpo pode sofrer devido ao excesso de atividades mentais. São boas fontes de fósforo leite, carne bovina, aves, peixes e ovos, cereais, leguminosas, frutas, chás e café.

Vitamina E: o nutriente é um antioxidante e sua deficiência pode provocar danos nas fibras nervosas. A falta de vitamina E pode provocar alterações neurológicas como diminuição dos reflexos e diminuição da sensibilidade vibratória, podendo ocasionar a falta de concentração para exercer as atividades. São fontes de Vitamina E os azeites vegetais, cereais e verduras frescas.

Vitamina C: ela também é um antioxidante e participa da atividade química dos neurônios, sendo importante para a memória e para a concentração. Boas fontes de vitamina C são as frutas cítricas, a acerola e o Kiwi.

Vitamina B1 (tiamina): a vitamina B1 desempenha um papel essencial no metabolismo dos carboidratos, que são a maior fonte de energia para as células. Pessoas com falhas no metabolismo cerebral, como desnutridos e alcoólatras, apresentam deficiência desse nutriente. As principais fontes: carnes, cereais, nozes, verduras e cerveja. Nota: alguns peixes, crustáceos e chás pretos podem conter fatores anti-tiamina.

Vitamina B3 (Niacina): "ela ajuda a desenvolver a memória e a concentração, além de combater o stress", diz Érika. Você pode encontrar a niacina em carnes e miúdos, produtos de trigo integral, produtos de farinha branca enriquecida, legumes e levedura fermentada.

Vitamina B6 (Piridoxina): uma das vitaminas mais importantes para o sistema nervoso central, pois ajuda o cérebro a produzir os neurotransmissores, vitais ao seu funcionamento. Fontes: fígado e carne vermelha, grãos integrais, batatas, vegetais verdes e milho.

Vitamina B12 (Cianocobalamina): de acordo com a nutricionista Érika Suiter, essa vitamina está relacionada ao tratamento de deficiências cerebrais e processos degenerativos, principalmente doenças que comprometem funções cognitivas do sistema nervoso periférico, como o movimento. Fontes: alimentos de origem animal, carnes, miúdos, leite em pó e produtos lácteos e ovo (inteiro ou a gema)

Fisetina: essa substância é capaz de desencadear um processo chamado de "potencialização de longo prazo", que permite que as memórias sejam armazenadas no cérebro com mais facilidade e que o cérebro estabeleça conexões mais fortes entre os neurônios. Suas fontes: frutas vermelhas (principalmente o morango), tomates, cebolas, maçãs, pêssegos, uvas e kiwi.

Ômega3: é um ácido graxo que faz parte da estrutura da matéria cinzenta do cérebro. E promove a comunicação entre as células nervosas, mantendo-as leves e funcionais. "Ele ajuda o cérebro a monitorar o humor bem como a memória e a concentração" explica a nutricionista. Alimentos fonte de ômega3 são peixes como atum, salmão, cavala e arenque.

Carboidratos complexos: por sua digestão ser lenta, os carboidratos complexos fornecem energia ao cérebro constantemente, auxiliando assim na concentração. Erika recomenda que o consumo desse nutriente se dê em todas as refeições, mas em quantidades moderadas. Você pode encontrar carboidratos complexos em pães, de preferência integral, arroz integral, barra de cereal e frutas.

Cafeína: Uma pesquisa realizada na London School of Hygiene and Tropical Medicine descobriu que a cafeína ajuda a melhorar a memória e a concentração dos funcionários, bem como a reduzir o número de erros cometidos durante o trabalho. A nutri Érika Suiter afirma que o consumir regularmente até quatro xícaras de 200ml de café por dia pode aumentar a capacidade de atenção, concentração e formação da memória, tanto em adultos como em crianças. "Uma dose isolada de café causa um aumento apenas da atenção, mas o consumo regular parece criar condições mais propícias para a consolidação da memória", diz. Roberto Navarro alerta para os efeitos da cafeína se consumida em doses maiores que a recomendação de quatro xícaras: "quando ingerida em excesso, a cafeína pode causar o efeito contrário". Boas fontes de cafeína são o café, chá preto e o chocolate amargo.

quarta-feira, maio 11, 2011

LUIZ FERNANDO VERISSIMO

OLÁ AMIGOS! DEPOIS DE MUITO TEMPO ESTOU AQUI PARA MAIS UM TEXTO MUITO BOM QUE NÃO PODERIA ESTAR FORA DAQUI... KKKKK

Mãe, vou casar! 
> Jura, meu filho?! Estou tão feliz! Quem é a moça?
> 
> Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele é Murilo.
> Você falou Murilo... Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto
> psicótico? 
> 
> Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa? 
> Nada, não... Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração,
> que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo. 
> 
> Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo... 
> Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou
> isso. 
> 
> Você vai ter uma nora. Só que uma nora... Meio macho. 
> Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um
> genro quase fêmea... E quando eu vou conhecer o meu. A minha... O Murilo ?
> 
> 
> Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido. 
> Tá ! Biscoito... Já gostei dele... Alguém com esse apelido só pode ser
> uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui ?
> 
> Por quê ? 
> Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
> 
> Você acha que o Papai não vai aceitar?
> Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai
> sobreviver... Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você
> achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metade com bigode. 
> 
> Mãe, que besteira ... Hoje em dia ... Praticamente todos os meus amigos
> são gays. 
> Só espero que tenha sobrado algum que não seja... Pra poder apresentar
> pra tua irmã.
> 
> A Bel já tá namorando.
> A Bel? Namorando ?! Ela não me falou nada... Quem é?
> 
> Uma tal de Veruska.
> Como ?
> 
> Veruska...
> Ah!, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.
> 
> Mãe!...
> Tá..., tá..., tudo bem... Se vocês são felizes. Só fico triste porque
> não vou ter um neto...
> 
> Por que não? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os
> espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos. 
> Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada? 
> 
> Quando ele era hétero... A Veruska. 
> Que Veruska ?
> 
> Namorada da Bel...
> "Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... E a atual namorada da tua
> irmã . Que é minha filha também... Que se chama Bel. É isso? Porque eu
> me perdi um pouco... 
> 
> É isso. Pois é... A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um
> útero. 
> De quem?
> 
> Da Bel.
> Mas . Logo da Bel?! Quer dizer então... Que a Bel vai gerar um filho teu e
> do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que
> é a Veruska. 
> 
> Isso. 
> Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito,
> filha da Veruska e filha da Bel.
> 
> Em termos... 
> A criança vai ter duas mães : você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska
> e a Bel. 
> 
> Por aí... 
> Por outro lado, a Bel..., além de mãe, é tia... Ou tio... Porque é tua
> irmã. 
> 
> Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que
> entra com o espermatozóide; que dessa vez vai ser gerado no ventre da
> Veruska... Com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar. 
> Só trocar, né? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska.
> 
> Exato!
> Agora eu entendi! Agora eu realmente entendi...
> 
> Entendeu o quê?
> Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
> 
> Que swing, mãe?!...
> É swing, sim! Uma troca de casais... Com os óvulos e os espermatozóides,
> uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra... 
> 
> Mas... 
> Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior... Com
> incesto no meio...
> 
> A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só
> isso...
> Sei! ... E quando elas quiserem ter filhos... 
> 
> Nós ajudamos. 
> Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem
> vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero,o
> espermatozóide... A única coisa que eu entendi é que... 
> 
> Que...? 
> Fazer árvore genealógica daqui pra frente... vai ser foda. 
> 
> * (Luiz Fernando Veríssimo)